domingo, 11 de julho de 2010

Something always brings me back to you. It never takes too long. No matter what I say or do I'll still feel you here. Tu fizeste-me escrever de novo, desta vez uma história em que apenas uma das personagens se mantém presa às palavras do passado, sempre com a esperança de ter um final feliz, igual mas, ao mesmo tempo, diferente daquele que lê nos livros. Ela não pede muito, só quer sentir que são um só e não a podes culpar por desejar tanto isso, porque há momentos que são eternos, há palavras que perduram para além do tempo, há segredos que magoam para além da memória, há sentimentos que se mantêm para além da vida, assim como há pessoas que são simplesmente tudo aquilo que sempre procurámos. Já me perdi em tantas palavras e tantos sentimentos tão distintos, porque afinal… a personagem sou eu, por isso vem e faz-me acreditar que somos só nós os dois como se o que cá ando a fazer não estivesse certo, não tivesse sentido ou não servisse para nada.

Dá-me a mão, temos um mundo inteiro pra nos perdermos…

verbo querer, primeira pessoa do singular.

É fácil trocar as palavras, difícil é interpretar os silêncios. É fácil caminhar lado a lado, difícil é saber como se encontrar. É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração. É fácil apertar as mãos, difícil é reter o calor. É fácil sentir o amor, difícil é conter sua torrente! Mas tu conseguis-te fazer com que tudo isto parecesse tão simples que quero voltar a sentir como é ter alguém como tu a meu lado. Quero perder-me em ti, quero mostrar-te o quanto te amo. Quero esquecer as regras e ultrapassar todos os limites. Quero encontrar em ti a liberdade. Quero que me faças acreditar que o impossível não existe. Quero que esta música deixe de ser o refúgio da dor e passe a ser o som do nosso amor.
Acima de tudo, eu quero-te.





Saudade é ser, depois de ter

terça-feira, 6 de julho de 2010

Lembras-te de me dizeres sempre “os sonhos tornam-se realidade e nada é impossível”? Tento acreditar em ti e manter fé nestas palavras, mas como posso fazer isso se os nossos sonhos se destruíram? As promessas ficaram por cumprir, o meu mundo encantado tornou-se num lugar duro de visitar e tudo o que me resta não passa de recordações… dói saber que é assim, mas ainda dói mais saber que a culpa de tudo isto estar a acontecer é – toda minha. Como pude ser tão egoísta ao ponto de deixar entrar um figurante na nossa história, só para saciar a sede de ser feliz? Infelizmente, o meu acto de egoísmo fez com que te perdesse e agora… agora sigo o meu caminho sozinha, somente eu e a esperança que mantenho nas tuas palavras.

P.S: Desculpa, se eu pudesse...explicava-te porque é que um dia reparei que existias e sem querer me esqueci do meu coração entre os teus dedos, amo-te ♥

terça-feira, 6 de abril de 2010

O seu mundo encantado

- Estás a ouvir? – Era a pergunta que lhe faziam frequentemente, á qual ela respondia sempre mentido. Ultimamente ela não prestava muita atenção ao que se passava á sua volta, bem dizendo, tentava não pensar nos problemas do seu mundo real. Já não ligava ao tagarelar das suas amigas e sempre que podia refugiava-se no seu mundo encantado.
Ela tinha uma personalidade muito forte e a maneira como estava a enfrentar este problema, admirava-a a si mesma, pois isto não era o seu normal. O seu refúgio era a praia, todos os dias, a única maneira de o rever, era contemplar o mar fechando os olhos e sentir aquela brisa bater-lhe na cara.
Apesar de saber que aquela não era a melhor maneira porque acabava sempre por sofrer, era a sua maneira, a única que encontrava. Assim que fechava os olhos, o seu mundo encanto aparecia, um mundo bem diferente do real, um mundo onde eles estavam juntos, e não havia a distancia que não permitia tocarem-se. Às vezes parecia que ela conseguia mesmo sorrir, as imagens que lhe passavam pela cabeça, eram as que a faziam mais feliz. Podiam passar-se horas, não se importava, o seu mundo encantado era o lugar preferido dela, mas de cada vez que abria os olhos, o mundo real desabava sobre si, as imagens apagavam-se (o mesmo acontecia ao sorriso que parecia ter, se é que ainda sabia sorrir), a distância, que só no seu intimo interior parecia ter desaparecido, continuava a ser um obstáculo insuportável.
Mesmo sabendo de tudo isto, todos os dias ela continuava a ir àquela praia, observar o horizonte, pensar na mesma pessoa. Mas, naquele dia, sentiu um aperto ainda mais forte, tinha sido exactamente á seis meses (meio ano), a ultima vez que o vira, e á medida que o tempo passava, a situação era mais difícil. A prática que exercera no objectivo de controlar os sentimentos, naquele dia não resultou, começou a chorar.
Desta vez até o seu mundo encantado a desiludira… abriu os olhos com o rosto encharcado de lágrimas e tentou que o mar lhe trouxesse alguma paz de espírito, observando-o. Depois, olhou para o areal que a rodeava e encontrou um pau, pegou nele e escreveu na areia «SAUDADES TUAS».
E, suspirando, sorriu… era uma sensação estranha, mas no fundo a felicidade ainda estava dentro de si, e a força que tinha acabado de encontrar, era a certeza de o voltar a ver.